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Verde e transparência em ambiente industrial

O escritório sub estúdio transformou um galpão na vila Leopoldina. Bairro de origem industrial na zona oeste de São Paulo. Na nova sede da produtora Paranoid. A substituição de paredes internas existentes por divisórias de vidro e malhas metálicas ofereceu permeabilldade ao espaço. Também caracterizado por um amplo jardim móvel.

O projeto de arquitetura e interiores desenvolvido pelo Sub Estúdio manteve os dois ambientes (um fechado, outro aberto) da edificação com área total de 1.655 metros quadrados, que integra um complexo de galpões. Antes da conclusão da obra, em janeiro de 2016, o escritório da Paranoid estava desmembrado em várias salas do edifício Módulo Alto de Pinheiros – projeto de Perkins + Will-, o que dificultava a integração da sua equipe de funcionários e colaboradores.

Já no novo endereço, a parede branca que setorizava o espaço interno do galpão foi demolida e, no lugar, implantado um grande pano de vidro. Dois pavimentos conectados por uma escada, com 940 metros quadrados de área, acolhem todo o programa de necessidades da produtora.

O térreo conta com sala de produção flutuante, salas de reunião e ilhas de edição e apresentação. No mezanino, estão as salas dos diretores, financeiro, pesquisa, atendimento, arquivo e salas de reuniões internas. As áreas de trabalho que demandavam privacidade acústica foram divididas com painéis de drywall e de vidro. Já as salas mais abertas são limitadas por malhas metálicas, o que reforça o conceito de visibilidade adotado na proposta.

“Quebramos tudo, as paredes, o forro de gesso. Tirou a estética maquiagem e deixou o que ele [o galpão] é. Mantivemos apenas a laje e o telhado”, explicam as sócias Isabel Nassif e Renata Pedrosa. Sem forro, o andar superior ganhou pé-direito livre e abundante iluminação natural. Para viabilizar essa decisão projetual, foi concebida uma estrutura metálica para a fixação das divisórias (soltas do teto) com perfis presos no teto aparente.

Na porção aberta do galpão, com 715 metros quadrados de área e pé-direito duplo, foram criados um amplo jardim coberto – com cozinha comunitária -, bicicletário, vestiários e espaço para futuras ampliações (execução da segunda etapa do projeto). Plantas de médio e grande porte estão em caixas tipo contêiner sobre rodas, solução que permite a flexibilidade de uso do espaço. O desenho do mobiliário externo e interno também é de autoria do escritório paulistano – atividade recorrente em sua trajetória. Foram produzidas mesas, bancos e armários em aço e madeira, e especificados sofás e cadeiras em couro, em contraponto à estética industrial, como explicam as arquitetas. As luminárias (calhas elétricas que permitem luz direta e indireta) foram desenhadas e produzidas in loco. (Por Camila Gonzalez)

Fonte: Centro Brasileiro da Construção em Aço

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