Contêineres reformados são alternativa de moradia flexível e sustentável
Morar em um contêiner pode parecer sinônimo de viver confinado em um lugar quente e barulhento. Mas, com poucas intervenções, esses caixotes de metal se transformam em uma alternativa de moradia confortável, flexível e mais barata do que as casas de alvenaria tradicionais.
Existem dois tipos de contêineres mais comuns para habitação: de seis e de 12 metros de comprimento. O primeiro tem cerca de 15 metros quadrados, o segundo, 30 m². Todos são feitos de aço.
“Morar em um contêiner é uma atitude importante em termos de sustentabilidade. Combina com a tendência de as pessoas viverem em espaços cada vez menores e mais simples”, afirma Eduardo Nardelli, professor de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Mas, para cumprir a meta “verde”, a peça não pode ser nova, segundo Sasquia Obata, professora de arquitetura da Faap: “O aço é um recurso não renovável e consome muita energia para ser produzido. Se deixar de ser um objeto de reúso, vai gerar muito impacto na natureza”.
O preço é outro atrativo: um contêiner custa entre R$ 3.000 e R$ 12 mil, dependendo do modelo –os refrigerados, usados para transportar alimentos, têm isolamento térmico e são mais caros.