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Conheça os principais tipos de telhas metálicas e suas aplicações

roll-on

Sistema Roll-On

As tecnologias empregadas na construção de coberturas metálicas evoluíram. Telhas mais leves e resistentes permitem vencer vãos cada vez maiores, reduzindo a estrutura de apoio. Os sistemas de fixação também apresentam avanço, evitando, ao máximo, problemas de estanqueidade. Bobinas desenroladas sobre treliças de aço viabilizam a cobertura sem emendas, sobreposições ou furos. Por fim, telhas curvas ou multidobras fabricadas sob medida e sheds em arcos para permitir a iluminação e a ventilação naturais tornam-se cada vez mais comuns.

Entre as opções mais especificadas estão as telhas de alumínio, utilizadas no Brasil desde os anos 1950, as telhas de aço (galvanizado, zincado e inoxidável), e as confeccionadas a partir de uma liga que mistura aço e alumínio (galvalume). Há também as telhas de cobre e titânio que, apesar do custo mais elevado, dispõem de resistência à corrosão e boa trabalhabilidade.

“Para grandes edifícios, galpões e praças de esportes, telhados metálicos podem resultar em projetos vantajosos do ponto de vista técnico e econômico”, comenta o engenheiro Jairo Lisboa, especializado em sistemas de coberturas metálicos e diretor da Markal Consultoria. Segundo o engenheiro, associar a telha à estrutura metálica traz mais vantagens construtivas do que combiná-las com estruturas de concreto pré-moldadas ou moldadas in loco.

Critérios para especificação

A garantia de durabilidade e desempenho de uma cobertura passa obrigatoriamente pela especificação que considere aspectos estéticos, econômicos e técnicos. O ponto de partida é a compatibilização com o projeto estrutural, de arquitetura e de instalações. Afinal, a cobertura interage com diversos elementos complementares, como aparelhos de climatização, isolamentos térmicos e acústicos, chaminés, para-raios, iluminação artificial e forros.

“No projeto são definidos os comprimentos das telhas, que podem ou não serem fabricadas na própria obra. Também são detalhadas as peças de arremate tais como rufos, pingadeiras e cumeeiras, itens fundamentais para a estanqueidade, segurança e performance do sistema”, explica Fúlvio Zajakoff, vice-presidente de coberturas metálicas da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem).

Ao especificar o sistema de cobertura, outro ponto que deve ser avaliado é a inclinação do telhado. Normalmente recomenda-se não projetar coberturas metálicas com inclinação abaixo de 5%. Mas já há sistemas que podem ser executados com caimentos de 1%, como o roll-on, proporcionando maior aproveitamento interno, pés-diretos úteis maiores e economia com estruturas e áreas de fechamento.

O desempenho e a durabilidade da cobertura estão diretamente relacionados ao tipo de telha e seu revestimento. Nos últimos anos, a tecnologia de pintura de materiais metálicos adicionou às telhas maior proteção contra as intempéries, além de oferecer mais opções de cores.

A arquiteta Silvia Scalzo, membro da comissão executiva do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) indica que para elevar a resistência aos agentes agressivos e garantir maior estabilidade de cor com proteção aos raios ultravioleta, são indicados os sistemas de pré-pintura que podem ser em poliéster de alta camada, poliuretano ou PVDF (polivinilideno fluorado). Segundo Silvia, a pintura em fábrica traz vantagens como durabilidade e garantia de espessura da camada de tinta.

Telha termoacústica

Telha termoacústica

Desempenho termoacústico

Quando empregadas em conjunto com materiais isolantes, as telhas metálicas podem formar conjuntos termoacústicos, reduzindo a passagem de calor e ruído para o ambiente interno. Para esses casos, o arquiteto tem à disposição uma série de materiais, como o poliuretano, poliestireno e lã de rocha.

Um dos sistemas mais utilizados é o das telhas térmicas que emprega chapas de aço galvanizado ou de alumínio recheadas com poliuretano, produzidas em linha contínua. Por serem mais densas tendem a ser mais rígidas que as telhas simples. Mas isso não significa que a telha térmica não possa ser utilizada em coberturas em arco. Geralmente os sistemas disponíveis com face de alumínio ou aço galvanizado e com recheio de poliuretano suportam raio de curvatura acima de 40 metros, segundo os fabricantes.

Quando devidamente especificada e executada, a cobertura metálica pode provocar impactos positivos no consumo de energia da edificação, no dimensionamento dos aparelhos de climatização e em outros aspectos ambientais. Segundo estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é possível obter uma redução do consumo de energia elétrica de 36% a 42% com telhas sanduíche em poliuretano, por exemplo.

A cobertura metálica também pode auxiliar a obtenção de selos de sustentabilidade, como o Leed, por envolverem materiais recicláveis, como o aço e o alumínio, e soluções de montagem racionalizada, sem desperdícios. Além disso, muitos sistemas de cobertura já incorporam sistemas para captação de águas pluviais para reúso.

PRINCIPAIS TIPOS DE COBERTURAS METÁLICAS
Telha simples de alumínio

Telha simples de alumínio

Telhas simples: De alumínio ou aço podem assumir formas trapezoidais ou onduladas e receber acabamentos superficiais diversos. Em comparação com as onduladas, as telhas trapezoidais permitem vencer vãos maiores.

Telha termoacústica: São compostas por telhas metálicas convencionais com recheio de material isolante, como o poliuretano e o poliestireno em espessuras e densidades variadas. Podem ser conformadas em curvas, mas com mais limitação que as telhas simples.

Telhas zipadas: Indicadas para coberturas de grandes extensões e pequenas inclinações. A cobertura é feita de forma contínua, com uma “costura” que não deixa frestas entre os perfis e dispensa o uso de parafusos ou fitas de vedação.

Sistema roll-on: Tem estrutura de apoio formada por treliças paralelamente dispostas, sobre as quais são desenroladas bobinas contínuas criando canais com o comprimento total da cobertura, sem emendas e sem sobreposições, que conduzem as águas para fora do prédio.

Fonte: www.au.pini.com.br

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