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Como uma espada é forjada?

Aquecendo uma barra de aço até que ela fique maleável e dando marteladas nela para modelar o metal e formar a lâmina. Depois de laminada, a espada passa por um trata- mento térmico para definir sua dureza e elasticidade – quanto mais dura, mais fácil de quebrar – e é afiada. Antes de a arma de fogo ser inventada, por volta do século 15, a espada era o principal instrumento de guerra. Boas espadas eram o sonho de consumo de samurais,cavaleiros europeus e beduínos. Hoje, a forja ainda é parecida com a da Idade Média, mas a espada se aposentou dos combates para virar peça de decoração em cerimônias militares, encenações e coleções particulares.

Como uma espada é forjada

Ferreiros mais tradicionais fazem espada à moda antiga, batendo na barra de ferro com uma marreta.

MALHANDO FERRO

Uma katana, tradicional espada samurai, pode levar mais de 100 horas para ficar pronta.

1. Uma barra de aço (ferro e carbono) vai para uma fornalha até atingir cerca de 700 oC. Cada tipo de espada é feito com uma composição de aço diferente. Quanto mais carbono na liga, mais dura será a lâmina – o que aumenta o risco de quebra ao sofrer impactos

2. O cuteleiro (ou espadeiro) usa uma prensa pneumática para dar pancadas no aço quente e compactar o metal. Elementos indesejados, como o oxigênio, são eliminados da liga e o aço fica mais firme. Quando o aço esfria, volta ao forno para amolecer

3. Com a barra ainda candente – avermelhada e maleável pelo calor –, o forjador faz várias dobras antes de voltar a prensá-la. Isso garante que o ferro, o carbono e outros elementos presentes na liga, como cromo, níquel e silício, fiquem bem misturados

4. O segredo do equilíbrio entre dureza e elasticidade da katana é um núcleo de aço mais flexível envolvido por duas barras de aço mais resistente. Esse sanduíche vai ao fogo e, depois de mais pancada, torna-se uma lâmina só
Na laminação, a barra é tratada com marteladas mais precisas, em cima de uma bigorna. O objetivo é alongar o aço e afinar o lado que será o gume (corte). A ponta da katana é feita com um corte diagonal na lâmina para prolongar a área de corte

6. Com a lâmina já no tamanho, na forma e na consistência desejados, é hora de cuidar da estética. Em um esmeril, o cuteleiro acerta as arestas, deixando as faces da lâmina mais lisas. Depois, com uma lixa ou com pedras especiais, o aço ganha brilho

7. Coberta de argila, a lâmina passa por um tratamento térmico. O metal quente é mergulhado em óleo mineral ou água, no processo de têmpera. Depois de temperada, a lâmina passa pelo revenimento: aquecida pela última vez é resfriada lentamente para diminuir a dureza

8. O limite entre onde há mais e menos barro cria um desenho (hamon). Em seguida, é hora do polimento, com lixas finas e pedras, que dá brilho e destaca o hamon. Depois de polida, a espada segue para a afiação, feita no lado mais duro, em que havia menos barro

9. Para finalizar o serviço, a lâmina é conectada ao cabo, formado pela guarda (que separa a mão do guerreiro da lâmina), o punho (por onde ele empunha a espada) e o pomo (base que travatodo o conjunto com parafusos)

– As katanas cortam de um lado só. Já as espadas longas europeias cortam dos dois lados, ou seja, têm dois gumes

CORTANDO PARA TODOS OS LADOS

– Espada Longa
Arma pesada e com corte dos dois lados da lâmina, usada pelos cavaleiros medievais europeus. Diferentemente da katana, era acionada com as duas mãos para golpear

– Cimitarra
O modelo, de origem persa, era o preferido por piratas e guerreiros do Oriente Médio. Fez tanto sucesso na região que seu desenho está na bandeira da Arábia Saudita

– Florete
Desenvolvido na França do século 18, o florete foi criado como uma espada de treino para aprimorar a agilidade do soldado. Atualmente, é uma das armas da esgrima

Fonte: mundoestranho.abril.com.br

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