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As Maravilhas do Porto

Aço confere identidade e desempenho aos novos empreendimentos que, pouco a pouco, transformam a região central do Rio de Janeiro
AS MARAVILHAS DO PORTO

1 – Edifício sede da L’Oreal, 2 – Píer Mauá, 3 – Moinho Fluminense, 4 – Pátio da Marítima

 

CRIADA EM 2009, a Operação Porto Maravilha propõe a revitalização completa da antiga região portuária da cidade do Rio de Janeiro por meio da renovação da infraestrutura e fomento ao desenvolvimento de projetos imobiliários corporativos e residenciais. A OUC (Operação Urbana Consorciada) do Porto Maravilha foi viabilizada por meio da emissão de 6,4 milhões de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção), que ao mesmo tempo em que permitiram às incorporadoras construir além do previsto no Código de Obras – 1,2 milhão de metros quadrados no total –, proporcionaram R$ 3,5 bilhões em recursos para o FIIPM (Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha), controlado pela Caixa Econômica Federal.

Atualmente, além das obras de infraestrutura, edifícios corporativos marcam a paisagem da região, como é o caso do Port Corporate Tower, do Pátio da Marítima, a nova sede da L’Oreal, o Porto Atlântico Leste e Oeste, o Vista Mauá, e muitos outros.

A Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio) mapeou 123 dos empreendimentos previstos, sendo 51 residenciais, 38 comerciais, oito culturais, sete de hotelaria, seis institucionais e 13 de outras características. Há prédios em construção e projetos em desenvolvimento e aprovação, como é o caso das grandes transformações programadas para a área do Gasômetro, com 1 milhão de metros quadrados, e o projeto para o Moinho.

Fluminense, que abrigarão construções residenciais, escritórios, hotel e shopping center.

Revitalização em aço

E, como era de se esperar, a presença do aço tem sido fundamental para o desempenho de boa parte dessas obras, tanto no âmbito da infraestrutura como nos projetos do setor privado.

Uma intervenção essencial para a transformação da região foi a demolição do Elevado da Perimetral e o reaproveitamento parcial de suas estruturas em aço, que surge como um case importante, talvez o mais relevante deles, conforme relata o presidente da Cdurp, Alberto Gomes Silva. O Elevado era símbolo de uma lógica rodoviarista, de uma cidade voltada para os automóveis. Com a sua demolição, entretanto, o centro da cidade pôde ser devolvido ao pedestre e a vista da Baía de Guanabara ficou melhor, dando destaque aos prédios de relevância histórica que estavam escondidos sob a sombra do viaduto. “É gratificante ver que o carioca está retomando o hábito de caminhar pelo centro da cidade e que a Praça Mauá, muito diferente do que há cinco anos, hoje é um sucesso absoluto”, diz Silva.

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Museu do Amanhã e trecho do Boulevard da Orla Conde

 

AS MARAVILHAS DO PORTO

(Esquerda para Direita) Elevado da Perimetral demolido para dar lugar à Orla Conde e Orla Conde

 

A demolição do antigo viaduto demonstrou a flexibilidade e a capacidade que o aço tem de se adaptar a diferentes situações e necessidades. As vigas em aço, que integravam o antigo sistema viário, foram direcionadas para obras do próprio Porto Maravilha e, também, reaproveitadas para a construção dos piscinões da Praça da Bandeira. De acordo com o presidente da Cdurp, embora os piscinões da Praça da Bandeira não façam parte das obras de revitalização do Porto, são de importância fundamental para a cidade, pois ajudam a combater os históricos alagamentos daquela região.

Outra obra emblemática para a Operação Porto Maravilha é a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que faz a interligação entre a região portuária, o centro financeiro da cidade e o Aeroporto Santos Dumont. Previsto para ter 28 km de trilhos, sendo 15 km apenas na etapa 1 da obra, o VLT contará, ao término de sua execução, com 32 estações. O novo sistema de transporte transformou a mobilidade na região central do Rio de Janeiro e, mais uma vez, é marcante a contribuição do aço, já que o material foi escolhido pelo designer Guto Indio da Costa para ser o elemento principal das estações de parada.

AS MARAVILHAS DO PORTO

VLT e Museu de Arte do Rio ao fundo

 

AS MARAVILHAS DO PORTO

Praça Mauá

 

Com calçadas niveladas na altura do piso das composições, as estações contam com rampas antiderrapantes para o acesso de pessoas com necessidades especiais, linha de piso podotátil e faixas em alto relevo para a locomoção de deficientes visuais. Além da ênfase na acessibilidade, destaca-se a proposta de transformar a experiência de utilização do transporte público na cidade do Rio de Janeiro. “As diretrizes urbanísticas e de design para o VLT procuram reforçar os valores e a identidade do transporte público no Rio de Janeiro. Integração, transparência, eficiência, bem-estar, contemporaneidade e DNA carioca foram palavras-chave na definição do conceito, que aponta o impacto urbanístico e a relação do novo sistema com o espaço público”, afirma Guto Indio da Costa ao se referir ao projeto.

Enriquecendo a paisagem, o belíssimo projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava para o Museu do Amanhã, inovador e comprometido com a sustentabilidade, utilliza 3.800 toneladas de aço e surge como um símbolo da revitalização da região, fortalecendo a promessa e a esperança de contarmos, cada vez mais, com espaços públicos bem planejados, concebidos para acolher as pessoas com respeito e comodidade. (B.L.)

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Estação de parada do VLT

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